Prevenir é melhor que remediar

08/06/2021 10:23

Todos já ouviram pela menos uma vez a expressão antiga que diz que “prevenir é melhor que remediar”. Essa expressão é verdadeira para uma infinidade de situações, inclusive em relação à invasão de insetos pragas. Estudos mostram que os custos anuais associados à insetos invasores é de 70 bilhões de dólares em todo o mundo, o equivalente a mais de 350 bilhões de reais. Com tanto dinheiro sendo gasto para manejar insetos invasores, não é difícil de imaginar que é muito mais barato evitar os processos de invasão biológica em vez de tentar controlar ou erradicar a espécie após a invasão.

Órgãos de fiscalização do governo podem adotar medidas para impedir introduções acidentais de organismos, mas como saber onde elas são mais prováveis de ocorrer? Com essa pergunta em mente, nosso grupo desenvolveu um método que combina informações sobre as regiões adequadas para a espécie, a existência de aeroportos e portos que servem de vias de introdução, e de mapas de probabilidade de invasão e estabelecimento para o século 21. Com isso, é possível identificar quais as regiões que apresentam maior risco de invasão de insetos a fim de priorizar as medidas preventivas. Essa informação é importante porque além dos custos associados ao manejo de pragas agrícolas, existe o risco do aumento no uso de inseticidas que podem causar graves problemas ambientais.

O artigo intitulado Prevention is better than cure: Integrating habitat suitability and invasion threat to assess global biological invasion risk by insect pests under climate change foi publicado na revista Pest Management Science, pode ser acessado na íntegra aqui. O estudo foi realizado em isolamento social devido à pandemia, e só foi possível graças ao trabalho de profissionais de serviços essenciais.

 

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